sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Promessas de filho para pai, persistência, honra e glória.

HOMENS DE HONRA.

Baseado na história real de Carl Brashear, Homens de Honra (Men of Honor) mostra o velho embate entre o recruta e o oficial na marinha, mas fica degraus acima de seus similares, em boa parte graças às interpretações na medida de Robert DeNiro e Cuba Gooding Jr.
Situada nos anos 40, a história mostra as esperanças de Carl (Gooding), filho de um lavrador humilde, em ser alguém na marinha. Ao chegar no navio, descobre que os negros são recrutados somente para trabalhar na cozinha do navio. Banhos de mar, para os oficiais "de cor", somente às segundas-feiras. Carl, um belo dia, resolve tomar banho fora do horário determinado e mostrar aos superiores seus dotes como nadador. Após ser preso, consegue, com a ajuda do capitão Pullman (Powers Boothe), uma vaga como marinheiro salva-vidas.
Seu sonho, porém, é ser mergulhador na marinha. Após dois anos de tentativas, consegue chegar à obscura escola de mergulho, comandada por Leslie Sund(DeNiro). Lá, seguem as cenas de praxe, entre elas a que todos os outros recrutas deixam o alojamento no momento em que Carl entra. Claro que sobra para ele um amigo, o tímido e gago Snowhill (Michael Rapaport). Não há dúvida que o filme mostra Carl como a pessoa mais perfeita e determinada do mundo, além do melhor mergulhador que a marinha americana já teve.
Apesar de "formulaico" e longo demais, o roteiro acerta em cheio no desfecho, que, claro, ocorre em um tribunal militar. Após perder uma perna em uma acidente, Carl é obrigado a andar com uma roupa de mergulho com mais de 100 quilos para provar que ainda é capaz de continuar na profissão.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A influência da culinária africana na cozinha brasileira

O negro introduziu na cozinha o leite de coco, o azeite de dendê, confirmou a excelência da pimenta malagueta sobre a do reino, deu ao Brasil o feijão preto, o quiabo, ensinou a fazer vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, cuzcuz, angu e pamonha. A cozinha negra fez valer os temperos, os verdes, a maneira de cozinhar. Modificou os patros portugueses, substituindo os ingredientes e fez a mesma coisa com os pratos da terra. Finalmente, criou a cozinha brasileira, descobrindo o chuchu com camarão, ensinando a fazer pratos com camarão seco e usar as panelas de barro e as colheres de pau.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Jean Baptiste Debret

Formado pela Academia de Belas Artes de Paris, Jean Baptiste Debret foi um dos membros da Missão Artística Francesa ao Brasil, organizada a pedido do rei dom João 6º. Como pintor oficial do Império, Debret desenhou a bandeira do Brasil com a cor verde e o losango amarelo que permaneceram na bandeira republicana.O artista chegou ao Rio de Janeiro em Março de 1816 e ficou no Brasil até 1831. Seu trabalho retrata o cotidiano, o processo de independência do Brasil e os primeiros anos do governo de Pedro 1o. Uma de suas obras mais conhecidas é um quadro de dom João em tamanho real.Além de pintar retratos da família real, como uma grande tela sobre a coroação de dom Pedro 1º., ele lecionou na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1829 montou a primeira exposição de artes do Brasil, com os trabalhos dos alunos.Após regressar à França, publicou entre 1834 e 1839, uma série de gravuras reunidas em três volumes. A preocupação documental do artista é evidente nas páginas da "Voyage Pitoresque et Historique au Brésil ou Séjour d'un Artiste Français au Brésil" (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil ou Estadia dum Artista Francês no Brasil). Com um colorido harmonioso, a obra tem um enfoque historiográfico e procura traçar um painel do Rio de Janeiro. Trata-se de um dos poucos registros dos usos e costumes do Brasil nos primeiros anos do século 18. Sem o seu trabalho, não haveria imagens mostrando o sofrimento dos escravos ou como era a vida da população brasileira nas ruas e até mesmo em suas casas. Desenhista atento às questões sociais, o artista conferiu também dignidade aos índios que retratou.

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis. De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando. Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender. Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a proteção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais. Aos 16 anos, publica em 12-01-1855 seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. A Livraria Paula Brito acolhia novos talentos da época, tendo publicado o citado poema e feito de Machado de Assis seu colaborador efetivo. Com 17 anos, consegue emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começa a escrever durante o tempo livre. Conhece o então diretor do órgão, Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, que se torna seu protetor.Em 1858 volta à Livraria Paula Brito, como revisor e colaborador da Marmota, e ali integra-se à sociedade lítero-humorística Petalógica, fundada por Paula Brito. Lá constrói o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias.Começa a publicar obras românticas e, em 1859, era revisor e colaborava com o jornal Correio Mercantil.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O preconceito com os negros



Vemos nos olhos das pessoas o sofrimento, a dor. Crianças que não tem o que comer, não tem amor, carinho, atenção e nem estudo.

Muitas pessoas ainda tem preconceito com pessoas negras, principalmente quando são crianças, no colégio é onde existe mais preconceito. Diversos autores preocuparam-se com a relação entre racismo e educação, desenvolvendo pesquisas nessa linha. Uma delas foi realizada por Gusmão (1999), com crianças pobres de periferia urbana ou do meio rural, e tinha como objetivo verificar de que forma estigmas e estereótipos se fixam na vida do negro. Para tal, foram analisados desenhos nos quais foi possível observar como se estrutura o mundo simbólico e de que forma as crianças olham o mundo e são olhadas por ele. No universo investigado, incluiu-se também o sistema educacional.

A criança negra poderá ser submetida a uma violência simbólica, manifestada pela ausência da figura do negro no contexto escolar, ou pela linguagem verbal – insultos e piadas – proveniente do seu grupo social, demonstrando de modo explícito o desrespeito dirigido a essa população, aprendido muito cedo pelas crianças brancas.
A criança negra poderá incorporar esse discurso e sentir-se marginalizada, desvalorizada e excluída, sendo levada a falso entendimento de que não é merecedora de respeito ou dignidade, julgando-se sem direitos e possibilidades. Esse sentimento está pautado pela mensagem transmitida às crianças de que para ser humanizado é preciso corresponder às expectativas do padrão dominante, ou seja, ser branco.

Afro descendentes

O Brasil é o maior país do mundo em população afrodescendente fora do continente africano. Os afrodescendentes são mais de 79 milhões de homens, mulheres, crianças, e formam a segunda maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria. O Dia da Consciência Negra é comemorado no dia 20 de novembro com diversas manifestações pela igualdade racial e inclusão social dos negros. Uma outra data importante que, de certa forma, tem relação especialmente com as mulheres negras, é o dia 25 de novembro, Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher. A violência atinge todas as mulheres, mas geralmente as de baixa renda e negras são as maiores vítimas. O racismo não deixa de ser uma violência também.
Na pesquisa Discriminação Racial e Preconceito de Cor no Brasi, a Fundação Perseu Abramo mostra que 51% dos negros declararam já ter sofrido discriminação por parte da polícia. Entre os que se declararam da cor branca, esse número cai para 15%.